segunda-feira, 18 de julho de 2011

Inclusão- sobre o direito conquistado em lei para as nossas crianças estarem na escola regular.

As conquistas sobre o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino já são conquistas evidentes, muitos são os casos de atendimentos de alta qualidade e de professores realmente envolvidos e comprometidos com essa causa, por escolas nesse Brasil a fora. Porém, em contrapartida, ainda há muitos casos de exclusão, mesmo sob as penalidades da lei, de profissionais despreparados para atender essa nova perspectiva educacional.

O novo projeto de lei para o Plano Nacional de Educação, que vigorará de 2011 a 2020 prevê algumas metas a serem alcançadas, dentre elas existe a meta quatro em que busca estabelecer a garantia e o prazo de dez anos para que as redes de ensino se adequem e acabem com o discurso da falta de preparo para o atendimento desses alunos.

Porém, assim como alguns profissionais da educação, que realmente estão despreparados, mas terão ai esse período, de dez anos, para refletirem e adequarem sua atuação, há também alguns políticos (deputados), querendo aplicar emendas ao texto original dessa meta no projeto de lei, de forma a distorcer e retroceder com as conquistas já alcançadas. Então, cabe a nós, sociedade em geral, ficarmos atentos e apoiar deputados que defendam a educação inclusiva como um avanço social e político do nosso país.

Para você, seja profissional da educação ou cidadão consciente dos seus direitos e dos seus próximos parceiros de vida em sociedade, segue o link de um abaixo-assinado em favor dessa política de continuidade sobre os avanços, conquistas e direitos das pessoas com deficiência:

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=INCLUSAO

E você acredita na igualdade de direito a todos???!!!!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Os problemas da Educação se resumem a questão salarial?


Acho muito interessante esse debate, principalmente porque sou pedagoga.

Podemos reduzir os discursos numa visão minimalista, como no caso a questão salarial dos professores?

Sabemos que a educação se degrada por diferentes e variados fatores, a questão salarial é sim uma e não podemos deixá-la fora desta discussão.

O difícil é que em virtude da baixíssima qualidade de ensino que os professores receberam em suas formações iniciais ou continuadas, o debate com nossa categoria acaba sendo diminuído a um tópico das nossas necessidades. O fato é que o salario influencia sim diretamente a qualidade de ensino, porque comprovadamente um professor com mais acesso a materiais e eventos culturais, que numa sociedade capitalista e de consumo como a nossa custam caro, pode sim diferenciar sua atuação profissional dentro da sala de aula. Assim como os recursos e infraestrutura encontradas de maneiras distintas nas escolas particulares e públicas também influenciam na preparação e disposição desse professor em pensar suas aulas e dinamiza-las.

Mas acredito que a principal discussão deva girar em torno desse profissional como cidadão critico e consciente da sua atuação profissional e politica dentro da sociedade. O que a meu ver sua formação, seja inicial ou continuada, não lhe deu o suporte necessário. Todos esses aspectos devem ser vistos pelos governos no momento de suas escolhas e deliberações, assim como os incentivos e diretrizes que deveriam visar, de forma mais contundente, a qualidade da formação dos profissionais aliada a todos os outros fatores que englobam e evidenciam o déficit educacional brasileiro que são: a questão salarial, a quantidade de alunos por turma, o aporte pedagógico especializado, a estrutura material e outras tantas questões já discutidas na grande mídia. Mas o diferencial esta, a meu ver, no aporte humano, no tipo de sociedade que se perpetua, já que profissionais da educação não recebem um bom ensino, como transmitirão um conteúdo de qualidade????

É uma dúvida, um debate, uma questão interessante. De que forma os governos estão olhando estas questões?

Alguém já parou para pensar, numa esfera mais próxima a nós, como aqui na prefeitura de Guarulhos através da Secretaria de Educação, que escolheu uma faculdade particular de péssima qualidade e baixos índices no Enade, como a Torricelli, para ser o local de formação de seus professores, enquanto temos a UNIFESP, uma universidade pública e conceituada dentro da nossa cidade?

Eu acredito que nossa critica deva partir daí...

E vocês no que acreditam????